IML conclui liberação dos corpos de mortos em megaoperação no RJ

O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro concluiu a liberação dos corpos dos suspeitos mortos durante a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na última terça-feira (28). A informação foi confirmada pela Defensoria Pública do Estado, que segue acompanhando o caso e prestando assistência às famílias das vítimas.

A operação, considerada uma das maiores da história do Rio, teve como objetivo conter o avanço territorial do Comando Vermelho (CV) e terminou com 121 mortos, entre eles nove chefes da facção criminosa e quatro policiais. Outros 113 suspeitos foram presos, e 118 armas foram apreendidas, além de munições, explosivos, drogas e equipamentos militares supostamente usados por grupos criminosos.

Diante da repercussão e do alto número de mortos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou no domingo (2) que o governo do Rio de Janeiro preserve e documente todas as provas relacionadas à ação. A decisão atende a um pedido da Defensoria Pública, que busca assegurar a apuração dos fatos pelo Ministério Público.

Em nota, a Defensoria destacou que está empenhada em garantir transparência e responsabilização:

“Temos ouvido e acolhido os moradores dos locais afetados e os familiares das vítimas fatais, buscando assegurar que cada relato contribua para a necessária resposta institucional à violência estatal nunca antes vista. Nossas equipes seguem mobilizadas numa força-tarefa para garantir o respeito às garantias constitucionais, à transparência dos atos estatais e à proteção de populações vulneráveis”, declarou o órgão.

Além da determinação de preservação das provas, Moraes marcou para quarta-feira (5) uma audiência conjunta da Primeira Turma do STF para discutir a operação. Devem participar representantes de órgãos e entidades da sociedade civil, como o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e o Instituto Anjos da Liberdade.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *