Israel: governo e oposição se unem e criam gabinete de gestão da guerra

O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e a oposição chegaram a um acordo para a formação de um governo de emergência destinado a lidar com a guerra que assola o país desde o ataque do grupo Hamas no sábado, 7. O conflito já atinge seu quinto dia nesta quarta-feira, 11. Um elemento fundamental deste acordo é a criação de um “gabinete de gestão da guerra”, que contará com a participação de Benny Gantz, um dos líderes da oposição, ex-ministro da Defesa e ex-chefe do Estado-Maior do Exército, além de Benjamin Netanyahu e do ministro da Defesa, Yoav Gallant.


Após uma reunião, ambos os líderes divulgaram um comunicado conjunto confirmando a criação do governo de emergência e do gabinete de gestão da guerra. Embora o principal líder da oposição, Yair Lapid, não faça parte da coalizão, Netanyahu e Gantz afirmaram que um lugar está “reservado” para ele no gabinete de guerra. O conflito entre Israel e o grupo Hamas já resultou em mais de 2.255 mortos, de acordo com o último balanço, sendo aproximadamente 1.200 em Israel, conforme a imprensa local, e cerca de 1.055 na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, além de 17 mortos na Cisjordânia ocupada. Um brasileiro, Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos, está entre as vítimas. Além disso, uma brasileira com dupla nacionalidade, Karla Stelzer, ainda está desaparecida.

O acordo estabelece que Benny Gantz e outros membros do partido de centro-direita Unidade Nacional integrarão o gabinete político e de segurança do governo durante a guerra. Gadi Eizenkot e o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, atuarão como observadores deste gabinete. O acordo também determina que, durante o conflito, não serão promovidos projetos de lei nem tomadas decisões governamentais que não estejam diretamente relacionadas ao confronto com as milícias. Gantz, que já foi parceiro de governo de Netanyahu no passado, emergiu como uma figura política com significativo apoio popular, liderando as pesquisas de opinião em meio a desentendimentos políticos e desafios internos no governo israelense.

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