Após o cancelamento de Anne Frank, Joana D’Arc virou o alvo da militância perturbada. A personagem que marcou história e serve de inspiração, virou “não-binária” em uma peça apresentada no teatro de Londres.


Reconhecida como santa pela Igreja Católica e padroeira da França, Joana D’Arc teve papel histórico fundamental no cerco de Orleans, entre 1428 e 1429, uma grande vitória militar francesa sobre os ingleses durante a Guerra dos Cem Anos. Movida por uma visão e pela fé, ela foi para a batalha, armada, com apenas 18 anos.

A peça, escrita por um roteirista que se diz “não-binário”, conta com um roteiro recheado de linguagem neutra e, será interpretado por uma atriz que se identifica da mesma forma. Doentio não? Já imaginou seus filhos assistindo uma peça amórfica como essa?

Segundo a Revista Oeste, a produção visa a “questionar o gênero binário” e “oferecer a possibilidade de um outro ponto de vista”, disse Michelle Terry, diretora artística do teatro, que é uma reconstrução moderna do teatro original do mais famoso dramaturgo do mundo, William Shakespeare.

“Os teatros produzem peças, e nas peças tudo pode ser possível. Shakespeare não escreveu peças historicamente precisas. Ele pegou figuras do passado para fazer perguntas sobre o mundo ao seu redor”, disse ela. Michelle afirmou que essa leitura está de acordo com o Oxford English Dictionary, que traça o uso do pronome “eles” inclusive para uma pessoa singular do ano de 1375, muito antes de Joana D’Arc.


*Com informações da Revista Oeste

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