Josué Gomes da Silva foi destituído da presidência da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (16), durante assembleia extraordinária organizada pela entidade. Ele enfrentava a oposição dos sindicatos patronais da área da indústria e não resistiu à pressão. Foram 47 votos para que ele deixasse o cargo, duas abstenções e um voto contra. As informações foram publicadas pelos jornais Metrópoles e Folha de S. Paulo.
Mais cedo, Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e o ex-presidente Michel Temer compareceram a uma reunião da Fiesp para demonstrar apoio a Silva, mas isso não surtiu efeito no sentido de mudar o voto dos sindicatos patronais.
O apoio à carta da USP em defesa da democracia, a negativa para a realização de uma assembleia já em novembro de 2022, a proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e as críticas feitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são alguns dos pontos que colaboraram para o resultado da assembleia desta segunda.
Antes de Lula anunciar que Alckmin acumularia o ministério, ele havia convidado Silva para assumir a pasta. O convite foi negado pelo então presidente da Fiesp, para que ele tentasse a manutenção do cargo na entidade paulista. Silva é filho de José Alencar Gomes da Silva, empresário e ex-vice-presidente da República nos dois primeiros mandatos de Lula.