O relator de duas ações no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que pedem a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil) votou na tarde de segunda-feira (1º) contra a perda do mandato pelo parlamentar. O julgamento dele será retomado nesta quarta-feira (03).
Em seu voto, o desembargador do TRE-PR, Luciano Carrasco Falavinha Souza, disse que entendeu que as acusações do PL e PT não procedem e que o cargo conquistado por Moro no Senado deve ser mantido.
Souza discordou das alegações de que houve gasto excessivo no período da pré-campanha. Ele destacou em seu voto que despesas de eventos realizados por Moro em outros Estados, durante a pré-campanha à Presidência da República, foram consideradas como pré-campanha ao Senado pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV) e pelo Partido Liberal (PL), que pede a cassação.
Porém, de acordo com o relator, é fundamental a diferenciação das intenções: “Todas as despesas realizadas pelos investigados quando filiados ao Podemos devem ser vistas sob o viés da pré-campanha presidencial e seus limites. E nelas não se vê nada de relevante a ponto de revelar gasto excessivo ou abuso de poder econômico, porque realizadas para uma eventual e frustrada candidatura à Presidente da República”.
Luciano Carrasco Falavinha Souza classificou como “frágeis” as provas apresentadas pela acusação ao longo do processo contra Moro.
O 2º desembargador do TRE-PR a votar, José Rodrigo Sade, pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso, que volta a ser julgado nesta quarta.
