Justiça argentina monitora Cristina Kirchner para evitar que ela fuja

A Justiça da Argentina incluiu o nome da ex-presidente Cristina Kirchner em um sistema de controle migratório. O objetivo é impedir que ela deixe o país depois da confirmação de sua condenação no caso Vialidad.


Depois da decisão da Suprema Corte argentina, o juiz Jorge Gorini, responsável pela execução da pena, comunicou à Direção Nacional de Migrações a situação da ex-presidente e de outros oito condenados.

A medida reforça o controle nas fronteiras para evitar que os envolvidos saiam do país, especialmente rumo a locais sem acordo de extradição com a Argentina. Os nomes foram inseridos nas bases de dados de entradas e saídas com informações judiciais.

Além de Cristina, estão na lista outros condenados pelo esquema, como Lázaro Báez, Nelson Periotti, José López, Juan Carlos Villafañe, Raúl Pavesi, Mauricio Collareda, José Santibáñez e Raúl Daruich. A meta é impedir fugas para países como Cuba, onde os eles poderiam aguardar um possível indulto ou mudança política.

Possibilidade de prisão domiciliar

Até o momento, apenas o empresário argentino Lázaro Báez, também condenado, está preso. Ele teve a prisão domiciliar revogada e foi transferido para um presídio em Río Gallegos, capital da província argentina de Santa Cruz.


Na terça-feira 10, a Suprema Corte da Argentina rejeitou um recurso da ex-presidente contra uma condenação por corrupção, determinando sua prisão. Apesar disso, a justiça permitiu que ela tivesse até cinco dias para se apresentar às autoridades.

A defesa de Cristina pediu prisão domiciliar, alegando motivos de segurança e a idade avançada da política, que tem 72 anos.

O juiz, por sua vez, solicitou um relatório socioambiental do imóvel da ex-presidente. O pedido está com o procurador Diego Luciani, que tem três dias para se pronunciar antes que a decisão volte a Gorini. Em paralelo, o juiz solicitou ao Ministério da Segurança uma lista de locais adequados para receber a ex-presidente, citando sua condição de figura pública.

O caso Vialidad e Cristina Kirchner

No caso conhecido como Vialidad, o Ministério Público argentino acusa Cristina Kirchner de favorecer empresários com contratos milionários para obras rodoviárias incompletas, superfaturadas ou desnecessárias. Segundo a denúncia, ela atuou em conjunto com ex-integrantes de seu governo.

A acusação envolve 51 licitações realizadas na província de Santa Cruz, terra natal do ex-presidente Néstor Kirchner, marido de Cristina por 35 anos, até sua morte em 2010.

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