Líder do PT critica Votação do IOF

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente a decisão de pautar, nesta quarta-feira (25), a proposta que visa derrubar os aumentos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo o parlamentar, a medida representa “um grave erro”.


“Nós fomos pegos de surpresa pelo Twitter, às 23h35 da noite. É preciso ter previsibilidade. Ter sido chamada uma reunião no colégio de líderes”, afirmou Lindbergh, que se queixou da forma como a proposta foi encaminhada, sem aviso prévio à base governista. O petista também criticou o fato de a votação ter ocorrido de forma remota, o que, segundo ele, prejudicou o debate sobre o tema.

A possível derrubada do aumento do IOF pode impactar diretamente a arrecadação do governo federal. De acordo com Lindbergh, a perda de receita poderá obrigar a equipe econômica a realizar cortes de aproximadamente R$ 12 bilhões no orçamento. “Temas econômicos precisam ter previsibilidade”, reforçou o deputado.

Além da insatisfação com a tramitação da proposta, Lindbergh criticou a escolha do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), da oposição, como relator da matéria. “Designar o Coronel Chrisóstomo como relator, um bolsonarista histriônico, chega a ser uma provocação, desnecessária. Temos que ter maturidade”, afirmou o líder do PT.

Chrisóstomo, que já havia sido cotado para relatar uma eventual CPI sobre fraudes no INSS, acabou sendo designado para a relatoria do projeto ligado ao IOF. A decisão foi interpretada pela base governista como uma movimentação política da oposição.


O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), rebateu as críticas de Lindbergh e afirmou que o governo foi avisado da intenção de votar a proposta. “Na última reunião de líderes ficou claro. Foi avisado. Quantos dias se passaram antes da votação do mérito, e o governo entendeu?”, disse. “Eu entendo que ele [Hugo Motta, presidente da Comissão de Finanças e Tributação] comunicou e que o governo não reagiu”, completou.

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