O presidente da Câmara, Arthur Lira, costura um acordo entre o governo e parlamentares da bancada de segurança para acabar com o impasse envolvendo as normas de política sobre armas no Brasil.
Segundo as negociações em curso, as regras voltariam ao nível de 2018, antes de o governo de Jair Bolsonaro flexibilizá-las.
Se o Planalto aprovar o acordo, Lira se comprometeria a não pautar os projetos de decreto legislativo que tornariam sem efeito o texto editado pelo presidente Lula em 1º de janeiro.
O novo decreto traria normas que representariam um meio-termo entre o que vigorava no governo Bolsonaro e o que propôs o presidente Lula com a revogação das normas da gestão anterior.
A bancada da bala defende que o governo deve ceder porque ainda não tem uma base sólida no Congresso. Além disso, os projetos de decreto legislativo passariam facilmente nas duas Casas, o que seria uma derrota para a administração Lula.
Na visão de alguns parlamentares, o acordo seria bom para os dois lados. Isso porque as novas regras não ficariam tão duras e também a flexibilização não seria tão grande como no governo Bolsonaro.
Houve uma primeira conversa para apresentar algumas das demandas da bancada ao ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) na última terça-feira (21). Ele iria levar o tema a Lula.
Uma nova rodada de conversas do ministro com os parlamentares da comissão de Segurança Pública da Câmara deve ocorrer na próxima terça-feira (28), já com respostas do governo federal.
Os parlamentares sugeriram também incluir um integrante da Câmara dos Deputados e um do Senado no grupo de trabalho do Ministério da Justiça que trata da regulamentação das armas.