Lula chega à África do Sul para participar de reunião do Brics

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Joenasburgo, na África do Sul, nesta segunda (21) para participar da cúpula do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na pauta do encontro, está a ampliação do bloco econômico, medida que depende do aval de todos os membros. O presidente da Rússia Vladimir Putin não vai comparecer presencialmente ao encontro porque é alvo de um mandado de prisão no Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra.

A 15ª Cúpula do Brics será a primeira a ser realizada de forma presencial desde o início da pandemia de Covid-19. Dos chefes de governo dos países do bloco, vão estar presentes Lula, Cyril Ramaphosa (África do Sul), Xi Jinping (China) e Narendra Modi (Índia).

O secretário de Ásia e Pacífico, embaixador Eduardo Saboia, afirma que três questões vão ser abordadas durante o encontro. “A primeira é a expansão do bloco, algo que não é novo. A entrada da África do Sul, em 2011, foi a primeira ampliação. A segunda é a presença de muitos líderes africanos, e a África do Sul quer chamar atenção para questões relativas à África, não só em termos de desafios, mas também de oportunidades. A terceira é a discussão do uso de moedas locais para transações comerciais, uma eventual unidade de referência do Brics, e é possível que haja um resultado nessa área”, afirmou.

De acordo com Saboia, 22 países já manifestaram interesse em integrar o Brics. Entre eles estão Argentina, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. O grupo foi criado em 2009, representa 23% do PIB global e 42% da população Mundial.

No início de agosto, Lula defendeu a admissão de novos membros. “Eu acho extremamente importante a gente permitir a outros países, que cumpram as exigências do Brics, entrarem para o Brics. Do ponto de vista mundial, eu acho que o Brics pode ter um papel, eu diria, excepcional”, disse o presidente em entrevista a correspondentes internacionais, no Palácio do Planalto.

O ministro da Fazenda Fernando Haddad também está no país africano para o encontro, mas não falou com a imprensa.


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