Lula critica ausência de Cláudio Castro em inauguração de hospital

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (6) para a entrega da nova emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, após cinco anos de fechamento. Durante a cerimônia, o petista criticou a ingerência política nos hospitais e reafirmou sua posição de que a gestão das unidades deve ser comandada por especialistas em saúde, e não por políticos.

Lula não poupou críticas ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que não compareceu ao evento. “Aliás, o governador foi convidado e não veio, mas ele foi convidado. Não quero saber de qual partido é o governador, de qual religião ele é, qual time torce, eu quero saber que, bem ou mal, foi eleito pelo povo e ele foi convidado para estar aqui”, disse o presidente.

“Esse hospital pegou fogo cinco anos atrás, até hoje não foi recuperado. Aqui não tem ressonância magnética, não tem tomografia, não deve ter outras coisas para exames especializados. E eu quero assumir um compromisso com vocês: a partir de agora, vai ter todas as imagens que as pessoas precisam para serem tratadas com respeito”, afirmou.

“Ainda faltam dois anos para terminar meu mandato, e nós vamos transformar os seis hospitais do Rio de Janeiro em motivo de orgulho para o Brasil e para o povo do Rio de Janeiro”, completou.

As obras no Hospital Federal de Bonsucesso vão permitir que a unidade aumente sua capacidade mensal de internações, de 700 para 1.400, de cirurgias, de 400 para 800, e de consultas ambulatoriais, de 12 mil para 20 mil. Além disso, o hospital contará com equipes de saúde 24 horas por dia, com um total de 48 enfermeiros, 130 técnicos de enfermagem, 20 cirurgiões e cinco pediatras por turno.

O governo federal investirá R$ 263,7 milhões no Hospital de Bonsucesso, sendo R$ 45,5 milhões ainda em 2024 e R$ 218,29 milhões em 2025, como parte do plano de reestruturação dos hospitais federais no estado.

“Quem tem que mandar nos hospitais são os especialistas da saúde. Isso aqui não é comitê eleitoral de ninguém. Quem quer voto, vá para a rua pedir. Aqui, as pessoas vêm para ser atendidas com respeito”, concluiu o presidente.


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