Lula diz que tarifaço não será resolvido “em uma única conversa”

Um dia após seu encontro com o presidente dos Estados, Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou não ser possível solucionar a questão do tarifaço com “uma única conversa”. Em conversa com jornalistas na Malásia, o petista indicou que as negociações continuarão até que se chegue a um acordo.

– Primeiro eu interpreto como óbvio. Não era possível, nem vocês acreditavam, que numa única conversa a gente pudesse resolver os problemas. O que nós estabelecemos é uma regra de negociação, e, toda vez que tiver uma dificuldade, eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone, eu tenho o telefone dele, nós vamos colocar as equipes para negociar – declarou.


A fala ocorreu quando o chefe do Executivo brasileiro deixava o hotel onde está hospedado em Kuala Lumpur para participar de um jantar oferecido pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, a líderes mundiais que estão no país em razão da 47ª reunião de Cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático).

Na ocasião, Lula afirmou que escalou uma equipe de “alto nível” para conduzir as negociações com EUA, composta pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), que também é vice-presidente da República.

– E nós queremos negociar, queremos negociar o fim das punições aos nossos ministros da Suprema Corte. Nós queremos negociar o fim das punições ao ministro [da Saúde, Alexandre] Padilha, e a sua filha. Nós queremos negociar as taxações – frisou.


Lula defendeu que o tarifaço foi imposto com base em “mentiras” e relatou ter entregado a Trump um “documento das coisas que eu queria conversar com ele”.

– É importante vocês saberem, eu entreguei para ele um documento das coisas que eu queria conversar com ele, portanto não foram apenas palavras. Ele tem um documento sabendo o que o Brasil quer e eu acho que nós vamos fazer um bom acordo – previu.

– Não sei se algo vai acontecer, vamos ver. Em relação às tarifas impostas ao Brasil, acho que tudo é justo. Tenho muito respeito pelo seu presidente, tenho muito respeito pelo Brasil. Vamos trabalhar em acordos. Acho que eles estão indo muito bem até onde sei. Podemos fazer bons acordos para ambos os países. Acho que nós faremos acordos. Conversamos e acho que teremos um bom relacionamento – assinalou.

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