O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, reassumiu a presidência do PDT nesta terça-feira (20). O retorno ocorre 18 dias após sua saída do governo Lula (PT), em meio ao escândalo dos descontos indevidos de benefícios do INSS.
De volta ao partido, Lupi anunciou apoio à CPI do INSS no Congresso. Afirmando não ter nada a temer, ele disse que a decisão foi unânime na reunião da executiva do partido, mas com uma condição: que as investigações incluam o período do governo de Jair Bolsonaro (PL).
– Não temos o que temer. Quem deve estar muito preocupado com a CPI é o Bolsonaro, os ministros dele. O que eles fizeram para montar esse esquema? A PF tem que investigar isso, tem que mostrar para onde foi esse dinheiro, quem recebeu depósito em conta. Vamos ver se eles vão querer que investigue para valer – falou Lupi.
E acrescentou:
– A nossa decisão unânime foi apoiar a CPI, como foi proposto na bancada dez dias atrás, desde que ela conste a partir do ano de 2019, que é quando os ladrões começaram a entrar no INSS.
Ele minimizou o fato de ter sido alertado das suspeitas em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social de junho de 2023, sem que houvesse tomado alguma atitude concreta. De acordo com o ex-ministro, o papel de investigação e revelação desses casos cabe à Polícia Federal (PF). As informações são da Folha de S.Paulo.
– Alguns chegaram e dizer: “Ah, o Lupi tomou conhecimento”. Não. Tomei conhecimento numa reunião informal que alguém falou, é verdade. Eu tomei conhecimento porque existe essa denúncia desde que existe uma Previdência. Por que que a Polícia Federal até 2022 não investigou? Quem está apurando é o nosso próprio governo.