Macron culpa videogames por protestos em massa na França

Nesta sexta-feira (30/6), o presidente francês Emmanuel Macron culpou as redes sociais e os videogames por terem “intoxicado” os jovens e alimentado os tumultos causados por conta da morte de um jovem que fugiu de uma blitz.

Durante uma coletiva, Macron pediu aos pais que mantenham seus filhos em casa após a 3ª noite de distúrbios. 875 pessoas foram presas nos atos da madrugada.

O presidente francês encurtou uma viagem a Bruxelas e convocou uma reunião de crise no Palácio do Eliseu para discutir medidas destinadas a acalmar as tensões que viram carros incendiados, saques e confrontos violentos entre manifestantes e policiais.

Os protestos se espalharam de Paris para várias cidades francesas fora da capital, incluindo Marselha, Lyon e Toulouse, desde a morte de um menino de 17 anos identificado apenas como Nahel M., que foi baleado por um policial que fugiu de uma blitz.

“As plataformas de mídia social desempenham um papel significativo nos eventos dos últimos dias”, disse o francês em comentários televisionados de uma reunião de emergência do governo.

Citando o TikTok e o Snapchat, Macron também disse que as redes sociais ajudam os manifestantes a se organizarem, mas também contribuíram para “imitar” o comportamento de alguns jovens, que repetiram o que viram online e perderam a noção da realidade.

Ele também afirmou que o governo francês trabalhará com as redes sociais para retirar “os tipos de conteúdo mais sensíveis” e está pedindo às empresas de mídia social que divulguem às autoridades francesas as identidades “daqueles que usam essas redes sociais para pedir desordem e promover a violência”.


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