Maioria do STF valida restrição de políticos em estatais

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta quinta-feira (9) para validar as restrições impostas para nomeações políticas em cargos de diretorias e conselhos de empresas estatais.


A maioria dos ministros entende que as normas estabelecidas pela Lei das Estatais são constitucionais.

O voto que formou a maioria foi dado pelo ministro Edson Fachin.

Ainda falta definir se serão mantidas nomeações já feitas em estatais durante a vigência de uma decisão liminar (provisória), de março de 2023, que derrubou algumas proibições da norma.

Até o momento, vence a corrente aberta pelo ministro André Mendonça. Seguiram sua posição, os ministros Dias Toffoli, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

O relator, Ricardo Lewandowski (aposentado e hoje ministro da Justiça), votou para derrubar as restrições, flexibilizando os critérios e abrindo caminho para a indicação de políticos a cargos em estatais. Até o momento, fica vencido, junto com o relator, o ministro Flávio Dino.

O Supremo retomou o julgamento do caso na quarta-feira (8) depois de um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Nunes Marques, em dezembro.

A ação foi movida pelo PCdoB. Em março de 2023, Lewandowski suspendeu as restrições da norma em uma decisão liminar que segue válida até a conclusão do julgamento pelo STF.

Em dezembro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atuou para adiar o julgamento. A avaliação foi de que seria melhor a Corte retomar a análise do caso quando tivesse a formação completa dos 11 ministros. Na época, Flávio Dino já havia sido indicado para o Supremo, mas não tinha sido sabatinado no Senado.


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