O senador Marcos do Val afirmou em entrevista, que o então presidente C teria presenciado uma conversa onde foi proposto armar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. 

A conversa, segundo a revista Veja, teria ocorrido logo após as eleições de 2022, no dia 9 de dezembro. A ideia seria gravar Alexandre de Moraes sem autorização, para comprometê-lo.  

“A gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso” disseram os integrantes da reunião, segundo Marcos do Val. O senador afirmou que participaram desta reunião ele, Bolsonaro e o deputado Daniel Silveira.

Marcos do Val conta que dois dias antes da reunião no Alvorada, ele teria sido procurado por Daniel Silveira durante uma sessão do congresso. Onde o deputado teria dito que Bolsonaro tinha uma assunto importante e urgente para falar com ele.

Em seguida ele teria ligado para Bolsonaro e passado o telefone para o senador, o presidente teria dito que tinha uma questão urgente para tratar e perguntou se ele não podia “dar um pulinho” no palácio.

Conta Marcos do Val que a preparação da reunião teria sido cercada de cuidados incomuns como a utilização de códigos e teria sido instruído por Silveira a chegar no local discretamente.

“Vou te mandar a minha localização, mas tu não entra não, no Alvorada, e nem chega perto da entrada. Tu não vai aparecer”, teria escrito em mensagem o deputado.

“Tu vai parar o carro no estacionamento que eu vou te mandar a localização. Eu vou estar ali. O carro vai vir buscar a gente” continuou Silveira.

Por volta das 17h30 do dia 9, Marcos do Val seguiu o combinado, eles entraram no Alvorada sem deixar nenhum registro na portaria.

A reunião durou cerca de 40 minutos. Os três falaram sobre vários temas, quando surgiu o assunto do acampamento em frente aos quartéis Daniel Silveira interveio, disse que o senador era uma pessoa de sua confiança, pedindo ao presidente que apresentasse a ideia que “salvaria o Brasil”.

Eles acreditavam que poderiam provar que a derrota eleitoral se atribuiria as interferências de Alexandre de Moraes caso conseguissem aproximação do magistrado gravando uma das conversas que sugerisse algo nessa direção.

Isso pavimentaria o caminho para prender o ministro, impedir a posse de Lula e anular as eleições. “Você será um herói nacional”, teria dito o deputado.

Do Val quis saber como isso seria feito e Bolsonaro teria dito que já tinha acertado com GSI, que daria o suporte técnico fornecendo os equipamentos de espionagem necessários. Apenas cinco pessoas teriam conhecimento do plano.

O senador foi escolhido porque conhecia o ministro há mais de uma década. Sendo por isso, o personagem certo para se aproximar de Alexandre sem levantar suspeitas. 


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