A reunião será liderada pelos chanceleres, mas com integrantes das duas equipes diplomáticas. Estão na pauta temas de interesse comum na esfera econômico-comercial, mas também outras prioridades regionais.
Para integrantes do governo Lula, eles podem já começar a discutir, além do tarifaço e das sanções a autoridades brasileiras, um possível acordo na exploração de minerais críticos (com foco em reservas nacionais de terras raras), e os planos de regulação de big techs no país e até a crise na Venezuela.
Lula já pediu a Trump a revogação da sobretaxa de 40% sobre as exportações brasileiras aos EUA e das punições com cassação de vistos e a Lei Magnistky.
O chanceler viaja acompanhado de assessores próximos. Parte da equipe dele já se deslocou de Brasília para participar da conversa no Departamento de Estado.
Em telefonema na última quinta-feira (9), Rubio convidou Vieira a estar presente e liderar uma discussão entre equipes de governo, o que confere aspecto político ao encontro em Washington.
Filho de imigrantes cubanos, Rubio conversou com Vieira por cerca de 15 minutos, a fim de agendar a reunião para esta semana. Eles falaram em espanhol. A conversa foi uma ordem de Trump, que há uma semana indicou a Lula e seus ministros, por telefone, que Rubio seria seu interlocutor oficial para tratar da relação com o Brasil.
Antes, o governo brasileiro manteve contatos secretos com outros interlocutores, sobretudo o enviado especial para Missões Especiais, Richard Grenell.