A advogada e influenciadora Deolane Bezerra, envolvida na investigação da Operação Integration, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser obrigada a comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Resultados no Futebol. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, no qual Deolane, sua mãe Solange Bezerra, e Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da Esportes da Sorte, estão supostamente envolvidos.
A defesa de Deolane pediu ao STF que seja garantido o direito de escolha sobre o comparecimento à CPI. Caso o pedido seja negado, os advogados solicitam que ela tenha assegurado o direito ao silêncio e à não autoincriminação. A solicitação está sendo analisada pelo ministro André Mendonça.
No entanto, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI, afirmou que Deolane já havia confirmado sua presença para prestar depoimento pessoalmente no Senado, com expectativa de que a oitiva ocorra no fim deste mês.
Deolane Bezerra foi presa em Recife em setembro deste ano, mas atualmente cumpre prisão domiciliar. Segundo a polícia, entre janeiro de 2019 e maio de 2023, cerca de R$ 3 bilhões circularam em contas bancárias, aplicações financeiras e dinheiro em espécie, provenientes de atividades ilegais de jogos de azar.
O senador Eduardo Girão (Novo-MA), autor do requerimento de convocação, defendeu que o depoimento de Deolane poderá ajudar a esclarecer possíveis conexões entre facções criminosas e empresas envolvidas no mercado de apostas online, objetivo central da CPI.
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