Mistério: O que aconteceu com o Coronel Jorge Naime na prisão?

A hipótese de envenenamento foi descartada, já que a família leva diariamente a comida, que é entregue lacrada na prisão. Desde que foi encontrado desacordado, na madrugada de quinta-feira (13), Naime foi submetido a apenas exames clínicos pra saber se houve algum tipo de fratura, como nada foi constatado, o mistério continua em torno do que teria acontecido. Uma das suspeitas é que o seu quadro de diabetes tenha agravado, já que ele não tem autorização para receber atendimento médico particular. A defesa do Coronel solicitou que ele faça exames específicos de sangue para que seus medicamentos sejam ajustados, mas até o fechamento desta reportagem, não receberam resposta.

Em entrevista exclusiva para a jornalista Berenice Leite, a esposa do Coronel Jorge Naime, Mariana Naime, fala sobre o sentimento de injustiça e deu detalhes sobre o que aconteceu no dia 8 de janeiro.
O Comandante de Operações especiais estava licenciado, mesmo assim compareceu no das invasões para assumir o controle da segurança nas sedes dos 3 poderes.


“Ele foi acionado por volta das 16:40 e chegou na esplanada para assumir a linha de comando das tropas especializadas. O Coronel chegou a ser atingido por um rojão nas pernas, e mesmo assim permaneceu no combate, até o fim da missão as 3 horas da madrugada no QG.”


Acusado de Omissão

De acordo com a esposa de Naime, o relatório da ABIN mostra que a PMDF conseguiu reestabelecer a ordem pública, a partir das 18h, o que comprova que não houve omissão por parte do militar, já que cerca de uma hora após assumir o comando das tropas os manifestantes já haviam sido controlados.
“ Quando Capelli chegou na Esplanada, os prédios públicos já estavam desocupados, e o Coronel Naime já estava na altura da Catedral fazendo a varredura dos manifestantes. É muito revoltante ver ele nessa situação de injustiça sabendo que tantos outros coronéis e policiais e secretários estavam em grupos estratégicos da ABIN da inteligência, receberam informes e estão soltos. E ele que estava afastado, não estava ciente que poderia ter essa manifestação, não estava em nenhum grupo de coordenação e planejamento, no entanto é o único que se encontra preso até hoje” desabafou.

Pedido de afastamento

Desde o dia 3 de janeiro, quando foi solicitado o afastamento, o pedido foi autorizado em fator do estado de saúde do Coronel que comandava as operações especiais nos últimos 2 anos.
“ Todo o alto comando da PM já tinha conhecimento, ele estava em um nível de cansaço e stress muito grande desde dezembro. Todas as grandes manifestações e eventos de Brasília foram coordenados por ele nesse período. O Naime não só fazia o planejamento na cadeira e mandava pros departamentos, ele fazia questão de atuar na linha de frente!”
Após realizar exames em dezembro no ano passado, o Coronel Jorge Naime foi diagnosticado com pré-diabetes e hipertenso. Mesmo já afastado, o comandante foi acionado no dia 8 de janeiro e compareceu para ajudar na segurança nas sedes dos 3 poderes.

FONTE: Berenice Leite, do portal Metrópoles.

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