Múcio antecipou operação da PF a comandante do Exército

Nesta quarta-feira (7), um dia antes da realização da Operação Tempus Veritatis pela Polícia Federal (PF), o ministro da Defesa, José Múcio, avisou o comandante do Exército, general Tomás Paiva, que a PF deflagraria a ofensiva nesta quinta (8). A informação foi divulgada pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.

Segundo o colunista, a conversa decorreu do fato de que integrantes do Exército seriam alvo da ação da Polícia Federal. Nesta quinta, diversos generais que fizeram parte da cúpula do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram incluídos na ação, entre eles Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira.

Batizada de Tempus Veritatis, a ação teria como objetivo, segundo a PF, apurar a existência de uma suposta organização que atuou na tentativa de obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder.

Ao todo, estão sendo cumpridos nesta quinta 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

São alvos da ação os ex-ministros da Justiça Anderson Torres; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, general Walter Braga Netto; o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira; e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, que acabou sendo preso por porte ilegal de arma de fogo.

Entre os detidos na operação também estiveram o ex-assessor da Presidência para assuntos internacionais, Filipe Martins, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.


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