A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja, CervBrasil, que representa produtores menores do que a Ambev, aponta um rombo estimado em 30 bilhões de reais em manobras tributárias por parte de empresas de bebidas.
A CervBrasil acusa a Ambev de inflacionamento do preço de componentes necessários à produção do refrigerante e que são passíveis de isenção e geração de créditos fiscais à Zona Franca de Manaus.
Desta forma, a empresa acumula, de forma irregular, mais crédito tributários do que teria direito, desfalcando o erário público e lucrando em cima.
O estudo foi realizado pela consultoria AC Lacerda. Paulo Petroni, afirma que, ao menos desde 2017, relatórios de fiscalização da Receita Federal apontam “bilhões e bilhões de ilícitos tributários cometidos (pela empresa)”.
Porém, os balanços da Ambev, não registram essa quantia que é cobrada pela Receita.
O caso das Americanas envolve uma dívida bilionária com bancos, já no caso da Ambev a dívida seria com impostos. Ambas as empresas têm ligação com o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira (sócios da 3G Capital).