A líder opositora María Corina Machado convocou na última terça-feira (02/04) um “protesto mundial” para o próximo sábado, dia 06/04, contra o que classificou como um “bloqueio eleitoral” imposto pelo regime socialista de Maduro na Venezuela em relação às eleições presidenciais marcadas para o dia 28 de julho, das quais está proibida de participar.
Através de sua conta no X (antigo Twitter), Machado convidou os venezuelanos que residem no exterior a “erguer a voz” em “várias cidades do mundo” contra o “bloqueio”, pelo qual responsabilizou o ditador Nicolás Maduro, que busca seu terceiro mandato consecutivo.
“Temos que fazer com que o mundo nos ouça, conseguimos um apoio muito importante e temos que continuar avançando […] não permitiremos que Nicolás Maduro escolha o candidato que irá enfrentar, porque nós, venezuelanos, temos esse direito”, declarou.
Além disso, Corina Machado convocou os venezuelanos no exterior a procurarem os consulados do país para se cadastrarem para votar em julho, um processo que tem enfrentado atrasos em diversos países.
“No próximo sábado, 6 de abril, o mundo deve testemunhar a Venezuela unida, firme e determinada a progredir no caminho da liberdade”, acrescentou, sem especificar as cidades onde os protestos poderão ocorrer.
Corina Machado, foi eleita nas primárias como principal candidata pelo partido de oposição da Venezula. Ela foi impedida pela corte eleitoral, controlada pelo ditador Maduro, de concorrer nas eleições devido a uma “inabilitação política” imposta pelo regime chavista. Isso impede Corina Machado de exercer cargos públicos até 2036.
Embora Machado tenha proposto a filósofa Corina Yoris como sua substituta, ela também foi barrada pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), órgão eleitoral controlado pelo Regime de Maduro, que é responsável pelas eleições no país. Os principais candidatos de oposição estão sendo barrados de disputar as eleições venezuelanas sem nenhuma justificativa legal.
Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que 7,7 milhões de venezuelanos vivem fora de seu país natal, um número contestado pelo regime de Caracas, que alega ser de apenas 2 milhões de pessoas.
*Informação Revista Exílio
