PF concede para Bolsonaro acesso à investigação sobre joias

A Polícia Federal voltou atrás e concedeu à defesa de Jair Bolsonaro acesso ao inquérito do caso das joias trazidas da Arábia Saudita para o Brasil por uma comitiva do ex-presidente. Na semana passada, a PF havia negado o acesso sob a justificativa de que Bolsonaro não era investigado formalmente “até o momento”.


Na última quinta-feira (16/3), a defesa do ex-chefe do Executivo, coordenada pelo advogado Paulo Cunha Bueno, refez o pedido, sendo atendida desta vez.

O argumento usado pela defesa no recurso foi o de que Bolsonaro já era tratado como investigado pela imprensa em reportagens. Uma fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também foi usada no requerimento. Segundo o ministro, Bolsonaro “poderia ser ouvido na investigação”.

As joias foram apreendidas pela Receita Federal em outubro de 2021, quando um então assessor do Ministério das Minas e Energia tentou passar pela alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, sem declarar as peças. O conjunto com colar, brincos, relógio e anel da marca suíça Chopard é avaliado em R$ 16,5 milhões.

O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, admitiu que sua comitiva trouxe o que seria “presente” do regime da Arábia Saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas explicou que ninguém sabia o que tinha dentro dos pacotes, porque eles estavam fechados.


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