PGR se manifesta contra tirar sigilo das mensagens entre Aras e empresários

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, pediu que a Procuradoria-Geral da República a manifestação sobre pedido para uma cópia das mensagens entre o procurador-geral da República Augusto Aras e empresários que foram alvo de mandados de busca e apreensão.


O pedido para tornar as conversas públicas foi feito pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES).

Nesta quarta-feira (31/8), a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo, disse que os parlamentares estão tentando se “autopromover” em “pleno período eleitoral”.

“Constantes e reiteradas petições de agentes políticos no Supremo Tribunal Federal tem se afigurado como estratagemas para possíveis intenções midiáticas daqueles que, cada vez mais, endereçam pedidos abusivos e descabidos à Suprema Corte e, ainda, chicana nas redes sociais, confessando o esquema”, disse a PGR em decisão publicada pelo jornal o Estado de S. Paulo.

Lindôra disse que os senadores não têm legitimidade para pedir acesso a informações sigilosas. Ela também acusa os parlamentares de tentarem avançar sobre prerrogativas exclusivas dos órgãos de investigação.


Na avaliação da PGR, também não há base jurídica para o pedido. Lindôra alega que os senadores usaram “conjecturas e ilações para iniciarem e conduzirem frentes investigatórias com espetacularização midiática”.

A manifestação foi encaminhada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que mandou a PGR se manifestar sobre o pedido dos parlamentares.

Investigadores adiantam que a análise completa das conversas dos empresários por WhatsApp vai provocar “grandes surpresas, pior do que se pode imaginar”.

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