PL retoma pressão por anistia após trégua com presidente da Câmara

O Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu encerrar o acordo de trégua firmado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e voltará a pressionar pela votação do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

A decisão foi confirmada à coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, pelo líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), que afirmou ter comunicado pessoalmente a mudança de postura a Motta.


De acordo com Sóstenes, a retomada do movimento ocorre após a publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o julgamento de Bolsonaro. A estratégia do PL seria tentar levar a proposta ao Plenário já na primeira semana de novembro.

Na última terça (21), o PL havia fechado um acordo informal com Hugo Motta para suspender temporariamente a cobrança pela anistia enquanto buscava apoio entre parlamentares de centro. Durante a reunião de líderes da última terça, por exemplo, nenhum deputado da oposição cobrou a inclusão do projeto na pauta, sinalizando a trégua momentânea.

– Alinhamos com o Hugo Motta que vamos construir com o centro antes. Quando pedir para pautar, vamos aprovar com mais de 290 votos novamente – disse Sóstenes na terça.

Com a mudança no cenário jurídico e político após o acórdão do STF, o PL decidiu rever o acordo e reativar a pressão sobre a Mesa Diretora da Câmara. A estratégia agora deve ser apresentar um substitutivo ao projeto sobre dosimetria das penas, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), prevendo uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.


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