Polícia Federal entrou em alerta após festa de Janja sofrer ameaça de chacina

A Polícia Federal (PF) foi acionada e entrou em alerta no dia da festa do Grupo Prerrogativas, no início do mês, que homenageou a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembargadores e ministros.

Antes do evento, ameaças foram enviadas a membros do grupo, formado sobretudo por advogados ligados à esquerda, e por parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT). Uma delas, publicada pela jornalista Mônica Bergamo do jornal Folha de S.Paulo, a qual o Estadão teve acesso, prometia uma “chacina” com “dezenas de mortos” caso a festa fosse mantida. O email descrevia o evento como “a festa da impunidade”.


O coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirmou que essa não foi a primeira ameaça sofrida pelo grupo, mas a qualificou como “pesada e preocupante”. Segundo o advogado, ele mesmo acionou imediatamente a PF, que instaurou procedimentos apuratórios para identificar a origem das ameaças e redobrou o esquema de segurança do evento.

– Nenhum de nós se intimidou, a gente conseguiu evitar que esse tema fosse pautado antes da festa para não assustar ninguém, mas tomamos todos os cuidados – afirmou Marco Aurélio.

Outro membro do grupo, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, também confirmou o recebimento da mensagem. Para ele, a ameaça não gerou apreensão específica, já que a corporação já estaria de prontidão pela presença do presidente no evento.

A confraternização de fim de ano do grupo de juristas homenageou a atuação de Janja na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa do G20 para a elaboração de um plano conjunto de erradicação da fome. Além dela e do presidente, estiveram presentes os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e o das Comunicações, Juscelino Filho, entre aqueles com os mais altos cargos do governo.

O diretor-geral da PF, Andrei Meirelles, esteve no camarote de Lula, e a orientação da corporação foi para que o presidente não ficasse circulando pelo salão – o que o aborreceu porque ele queria cumprimentar os amigos.

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