Preso por planejar ataque a Moro foi solto em 2020 pelo STF

Um dos suspeitos preso pela Polícia Federal por planejar um atentado contra o senador e ex-juiz Sérgio Moro foi solto em abril de 2020 pelo então ministro do STF Marco Aurélio Mello, que hoje se encontra aposentado.


O suspeito conhecido como Guinho já havia sido preso após ser condenado, em 2016, a 20 anos e 5 meses de prisão por tráfico de drogas, o crime ocorreu em 2014 e envolvia o transporte de 400 quilos de cocaína.

De acordo com a polícia, Guinho é responsável pela principal conexão entre traficantes da América Latina e a facção e um dos traficantes mais procurados do estado de São Paulo.

Em 2020, ele era considerado o braço direito de Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, principal fornecedor de drogas para o PCC. Próximo do chefe da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, Fuminho foi preso em Moçambique também em 2020.

Ao Supremo a defesa de Guinho alegou que ele estava preso por fatos ocorridos em 2014 e que a prisão não se mostrava plausível.


Além disso, os advogados dele afirmaram à época que o suspeito era portador de “doenças graves” que demandam “tratamento contínuo e severo”. Mais que isso, alegavam o risco de Guinho contrair covid-19 na prisão.

Em sua decisão, Marco Aurélio permitiu a Guinho que respondesse à ação penal em liberdade, apontando que havia excesso de prazo na prisão preventiva, autorizada por fatos ocorridos seis anos antes.

“A medida foi implementada em 31 de outubro de 2016, em razão de fatos ocorridos em 16 de junho de 2014, ou seja, com intervalo de 2 anos, 4 meses e 15 dias. A custódia pressupõe a contemporaneidade com o fato criminoso, sem a qual não há falar em risco concreto à ordem pública”, disse Marco Aurélio.

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