Nesta terça-feira, 9, a Rússia comemorou o Dia da Vitória, que marca a vitória das tropas soviéticas na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas alemães, há 78 anos. No entanto, as celebrações foram reduzidas e marcadas por conflitos. O presidente russo, Vladimir Putin, discursou e comparou a invasão da Ucrânia ao conflito anterior. Segundo Putin, a guerra atual foi incentivada pelo Ocidente, que “fala sobre sua exclusividade, coloca as pessoas umas contra as outras, divide a sociedade e provoca conflitos e golpes sangrentos, semeando ódio e russofobia”.
As comemorações também foram afetadas pela ameaça ucraniana. Pelo menos 21 cidades cancelaram as celebrações do Dia da Vitória depois que o Kremlin informou ter interceptado drones de ataques vindos do país rival. Além disso, a população russa não participou das procissões do “Regimento Imortal” e o desfile militar foi reduzido. Apenas um tanque participou do desfile, e não houve exibição de equipamentos aéreos como aviões, jatos ou helicópteros.
No discurso, Putin afirmou estar “orgulhoso” com o trabalho das tropas russas no que chamou de “operação especial” na Ucrânia. A Rússia disparou mísseis de cruzeiro em Kiev e realizou desfile com tropas e equipamentos antigos pela Praça Vermelha em uma celebração reduzida da vitória na Segunda Guerra Mundial, enquanto Kiev se defendeu dos ataques aéreos e recebeu a chefe da União Europeia.
Essa celebração ocorreu em meio a conflitos e tensões entre a Rússia e a Ucrânia. A Ucrânia disse que suas defesas aéreas derrubaram 23 dos 25 mísseis de cruzeiro russos disparados principalmente contra a capital Kiev durante a noite, e não houve relatos de vítimas. Foi a segunda noite consecutiva de grandes ataques aéreos russos e a quinta até agora neste mês. Putin afirmou que todo o país estava rezando por seus “heróis” no front.
Em resumo, as celebrações do Dia da Vitória na Rússia foram marcadas por tensões, com o presidente Putin fazendo críticas ao ocidente e celebrando o trabalho das tropas russas na Ucrânia.
