Quatro aeroportos da região metropolitana de Nova York vão reduzir parte de seus voos a partir desta sexta-feira (7), após a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) anunciar um corte de 10% na capacidade operacional, em resposta à escassez de controladores de tráfego aéreo provocada pelo fechamento do governo federal. A medida, divulgada pela FAA e repercutida pela imprensa local, afetará passageiros nacionais e internacionais, companhias aéreas e o sistema de transporte na área metropolitana.
A redução atinge os aeroportos John F. Kennedy (JFK), LaGuardia (LGA), Newark Liberty (EWR) e Teterboro (TEB). Segundo a FAA, a decisão visa priorizar a segurança operacional diante do aumento das ausências nos centros de controle. As alterações começaram a ser notificadas às companhias aéreas na quinta-feira (6), impactando horários entre 6h e 22h.
O corte será gradual: 4% a partir de 7 de novembro, 6% em 11 de novembro, 8% em 13 de novembro e 10% a partir de 14 de novembro. A medida afeta principalmente voos domésticos em horários de maior demanda, enquanto voos internacionais terão prioridade sempre que possível.
O secretário de Transporte, Sean Duffy, e o administrador interino da FAA, Bryan Bedford, explicaram que a decisão é baseada em dados sobre ausências de pessoal e risco operacional, e não em critérios comerciais. “Não existe nenhum critério de preferência por rotas, trata-se de proteger a integridade do sistema”, afirmou Duffy.
Aeroportos e rotas mais afetadas
- JFK: Principal porta de entrada internacional para os EUA, com conexões para Europa, Ásia e América Latina.
- LaGuardia: Foco em voos nacionais e regionais para a costa leste e centro do país.
- Newark Liberty: Terminal internacional estratégico para operações de longa distância e rotas transcontinentais.
- Teterboro: Central para aviação executiva e corporativa.
A FAA estima que entre 3.500 e 4.000 voos diários podem ser impactados nos períodos de pico da redução.
Orientações para passageiros
A agência federal e as companhias aéreas recomendam que os passageiros:
- Verifiquem o status do voo nos sites das companhias e da FAA.
- Mantenham dados de contato atualizados para receber notificações de atrasos ou cancelamentos.
- Solicitem reembolso ou reagendamento de voos sem penalidade, conforme políticas das empresas.
- Planejem-se com antecedência para conexões nacionais ou internacionais, considerando possíveis atrasos.
Motivo da redução
A escassez de controladores decorre do fechamento do governo federal iniciado em 3 de outubro, que suspendeu pagamentos a mais de 13 mil funcionários da FAA, gerando ausências, fadiga e risco de erros operacionais.
Não há prazo definido para a normalização do tráfego aéreo. A FAA alerta que, caso o impasse no Congresso continue, as restrições podem se estender ou se replicar em outros aeroportos de grande movimento.