Risco de crise: Credit Suisse desaba e gera temor

Depois do banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB) abalar as estruturas do setor bancário mundial, agora foi a vez do banco Credit Suisse gerar o temor de uma crise mundial no setor bancário.


O mercado de ações global começou o dia em queda nesta quarta-feira, 15, por conta desse novo temor de crise no sistema bancário, capitaneado pelo suíço Credit Suisse.

Depois de resultados ruins apresentados no trimestre passado, o banco foi informado que seu principal acionista, o Saudi National Bank, da Arábia Saudita, não vai apoiar a instituição com um aumento de sua participação no capital.

Por isso, as ações do Credit Suisse chegaram a cair 30% nesta quarta e trouxeram temores ao mercado sobre uma situação generalizada de crise bancária internacional. Além do Credit, concorrentes europeus viram as ações despencarem na manhã desta quarta, também acima dos 10%.

De nada adiantaram, as tentativas do presidente do segundo maior banco da Suíça de tranquilizar os investidores em um mercado agitado ante as instabilidades do setor bancário. A ação da instituição, considerada o ponto frágil da rede bancária na Suíça, atingiu um mínimo histórico de 1,55 franco suíço.

Abalado por vários escândalos, o Credit Suisse registrou um prejuízo líquido de quase 7,3 bilhões de francos suíços (US$ 7,917 bilhões) em 2022. Este foi o pior resultado de um banco suíço desde a crise financeira de 2008.

O presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, havia descartado que o estabelecimento precisasse de ajuda governamental. “Temos índices financeiros sólidos, um balanço sólido”, garantiu. Suas declarações não conseguiram, porém, acalmar os mercados.

Agora o banco pede uma declaração pública de apoio ao banco central suisso.

Já nos EUA, o resgate veio voando: o Federal Reserve permitiu que os bancos pudessem emprestar quantias “ilimitadas”, desde que os empréstimos possam ser garantidos por títulos do governo seguros. Além disso, os reguladores também prometeram recuperar todos os depósitos de clientes do SVB e do Signature Bank mesmo acima do limite padrão de US$ 250 mil.

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