O Supremo Tribunal Federal intimou o governador do Rio, Cláudio Castro, a prestar esclarecimentos sobre a operação no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, realizada nesta terça-feira (11). A ação terminou com três mortos, sendo um policial militar, e chegou a bloquear importantes vias expressas do Rio. A determinação do STF foi anexada à Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, conhecida como ADPF das favelas, que cobra do estado medidas para combater a violência policial.
O Supremo também quer saber se o Ministério Público foi previamente comunicado da operação policial e quais medidas serão tomadas no Complexo da Maré nas próximas operações, ou incursões policiais, se forem realizadas. Além disso, a Corte cobra o uso de câmeras corporais pelos policiais envolvidos na incursão dessa terça-feira (11).
Segundo dia de operação da PM na Maré
Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Comando de Operações Especiais (COE), do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Batalhão da Maré (22º BPM) voltaram à comunidade na manhã desta quarta-feira (12). Ainda não há informação de tiroteio na região.
Nessa terça-feira (11), os traficantes reagiram assim que a PM entrou no conjunto de favelas. A operação tentava desarticular uma quadrilha de roubo de veículos.
Na Avenida Brasil, um bando fechou todas as pistas no sentido Zona Oeste. Bandidos roubaram uma carreta e interditaram o trânsito, e também incendiaram um ônibus. Na Linha Amarela, bandidos tentaram roubar um caminhão para fechar a via expressa. O motorista de um carro bateu na traseira do caminhão e ficou gravemente ferido. Já na Linha Vermelha foi a polícia que interrompeu o trânsito por questões de segurança.
Nessa ação, dois policiais do Bope foram baleados e levados para o hospital. O sargento Jorge Henrique Galdino Cruz, de 32 anos, não resistiu. Dois suspeitos morreram.
