O ex-governador Sérgio Cabral, foi solto, nesta quinta-feira, 9, por decisão dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. O ex-governador do Rio de Janeiro não precisará mais ficar em prisão domiciliar.
A decisão foi tomada no processo da Operação Calicute, em que Cabral foi condenado a 45 anos de prisão. Neste ele foi acusado pela Lava-Jato de instituir um esquema de cobrança de 5% de propina do valor de grandes obras do Estado, como a construção do Arco Metropolitano, o PAC das Favelas e a reforma do Maracanã para a Copa de 2014.
O emedebista cumpria prisão domiciliar em um apartamento da família em Copacabana. Agora ele terá de cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, a apreensão do passaporte e comparecimento mensal à Justiça.
O relator do processo, desembargador Marcello Granado, votou contra o pedido feito pela defesa de Cabral de soltar o ex-governador. O juiz disse que a saída da cadeia e a ida para prisão domiciliar já favoreceu o réu. “A gravidade concreta do crime afeta a ordem pública e traz um sentimento de indignação da sociedade brasileira”, disse Granado durante a sessão.
Preso foi preso em 2016, ele estava em regime fechado no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. As ações penais contra Cabral somam mais de 430 anos de prisão, em 23 condenações. A organização criminosa do ex-governador deu aos cofres públicos um prejuízo estimado em R$ 220 milhões.
