Escolhido por Luiz Inácio Lula da Silva para liderar a Secretaria de Comunicação (Secom), o publicitário Sidônio Palmeira planeja implementar mudanças nas áreas estratégicas de relacionamento com a imprensa e as mídias digitais. Essas mudanças visam a colocar pessoas de sua confiança nos cargos, segundo informação do jornal O Globo.
Atualmente, os líderes dessas áreas são colaboradores próximos a Lula e à primeira-dama, Janja da Silva. José Chrispiniano, que comanda a Secretaria de Imprensa, é assessor de confiança do presidente desde 2011, por exemplo. Em novembro, durante um seminário do PT, o presidente criticou a falta de organização nas entrevistas coletivas.
“A verdade é que eu não tenho organizado as entrevistas coletivas, elas não têm sido organizadas”, disse Lula, à época. “Eu adoro falar em rádio. E é preciso que a partir de agora a gente comece a fazer as coisas do jeito que precisa ser feito, porque não serão os nossos adversários que vão falar bem de nós.”
Mudanças do indicado de Lula à Secom
A chefe da Secretaria de Estratégias e Redes, Brunna Rosa, também está sob análise. Ela tem longa trajetória de colaboração com Lula, incluindo a campanha de Dilma Rousseff, em 2010, e a recente campanha de Lula, em 2022. Sidônio pretende discutir com Brunna seu futuro na Secom.
Outra área em foco é a Secretaria de Políticas Digitais, liderada por João Brant, indicado pelo ministro Paulo Teixeira. Essa pasta desenvolve políticas públicas digitais, essenciais na visão de Sidônio para uma comunicação eficaz do governo.
Novos nomes para cargos estratégicos
Laércio Portela é o principal nome cotado para a Secretaria de Imprensa. Portela, que já atuou como ministro interino sob Paulo Pimenta, atualmente é secretário de Comunicação Institucional. A área é responsável por facilitar a articulação da Secom com outros ministérios.
Sidônio Palmeira deve assumir oficialmente o cargo na próxima terça-feira, 14, mas sua equipe, incluindo os publicitários Tiago Cesar e Paulo Brito, já está ativa na Secom. Cesar deve se tornar secretário-executivo, enquanto Brito é candidato à chefia de gabinete ou à Secretaria de Publicidade e Propaganda.
