Mais uma pessoa morreu no último sábado (18) e duas ficaram feridas em Nova Caledônia, colônia francesa no Pacífico onde a polícia e o Exército de Macron tentam reprimir as manifestações pela independência que já tiraram seis vidas.
As manifestações vinham ocorrendo até agora principalmente nas áreas urbanas. Além dos seis mortos – dois gendarmes e quatro civis, entre eles três kanaks -, centenas de pessoas ficaram feridas, segundo as autoridades.
O general Nicolas Mattheos, comandante da gendarmaria na Nova Caledônia, informou à AFP que havia “um morto e dois feridos em Kaala-Gomen”, município do norte da ilha. A vítima é um ‘caldoche’, nome que recebe a população local de origem europeia nesse território.
Na sexta-feira, a chegada de outros 1.000 soldados, que se somaram aos 1.700 já mobilizados, mostrou a determinação do imperialismo francês em retomar o controle.
Os protestos eclodiram na semana passada em resposta a uma reforma do censo promovida pelo governo francês que, segundo os líderes do povo indígena kanak, diluirá sua influência nas instituições da colônia.
Na quarta-feira, a França impôs estado de emergência na Nova Caledônia, anunciando medidas que incluem o deslocamento de membros das Forças Armadas para a região, toque de recolher noturno e a suspensão do serviço de vídeos TikTok. Segundo o governo francês, a última vez em que medidas do tipo foram baixadas foi em 1985.