Temendo derrota na Câmara Lula convoca reunião de urgência

Após enfrentar o risco concreto de sofrer uma derrota na Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira, 30, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está empenhado em montar uma “operação de guerra” nesta quarta-feira, 31, para aprovar a medida provisória que reestrutura os ministérios, visto que o texto perderá a validade já nesta quinta-feira (1º).


Articuladores políticos foram alertados sobre a necessidade do presidente Lula se envolver nas negociações e garantir os acordos já firmados, que envolvem liberação de emendas e distribuição de cargos.

Diante dessa desarticulação política, Lula convocou uma reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Palácio da Alvorada, ainda durante a manhã desta quarta-feira. Até o momento, não está claro quais estratégias o governo pretende adotar para reverter o cenário.

Durante uma reunião que se estendeu até tarde da noite de terça-feira, na presidência da Câmara, o governo foi confrontado pelos líderes partidários. Os parlamentares demonstraram insatisfação generalizada com a falta de articulação política por parte do Palácio do Planalto.

Essa cobrança não é algo novo. Desde o início do mês, o governo vem sofrendo derrotas no Congresso em temas como o marco do saneamento básico, a medida provisória que pode afrouxar a fiscalização da Mata Atlântica e o avanço do projeto que estabelece um marco temporal para a demarcação de terras indígenas.


Caso a medida provisória que reorganiza os ministérios tivesse sido votada nesta terça-feira, o governo teria sido derrotado, seja pela rejeição total da MP ou pela aprovação de destaques que, na prática, modificariam ainda mais a estrutura dos ministérios do governo.

Até o início da manhã desta quarta-feira, os membros da cúpula da Câmara consideravam o quadro indefinido quanto à votação e aprovação da medida provisória.

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