EUA: Partido Republicano se mobiliza contra projeto de teto da dívida

A ala conservadora do Partido Republicano dos Estados Unidos intensificou sua ofensiva contra o projeto de lei sobre o teto da dívida, aprovado no fim de semana e que será votado nesta quarta-feira, 31, na Câmara dos Representantes. Os membros do chamado Freedom Caucus, que fazem parte da vertente republicana mais à direita, convocaram a imprensa para mobilizar suas fileiras contra o projeto, que busca evitar a inadimplência da dívida do governo até o dia 5 de junho.


Segundo o legislador conservador Chip Roy, um dos oponentes mais incisivos do texto, nenhum republicano deve votar a favor desse acordo e eles estão trabalhando arduamente para garantir sua rejeição. Caso seja aprovado, o acordo elevaria o teto da dívida para os próximos dois anos, estendendo-o além da próxima eleição presidencial. A proposta também mantém os gastos não relacionados à defesa em 2024 e aumenta-os em apenas 1% em 2025.

Enquanto os cortes propostos não afetam programas de saúde e previdência social, alguns programas sociais, como a Assistência Temporária para Famílias Carentes, podem ser afetados. O deputado Andy Biggs expressou sua insatisfação com o projeto, afirmando que votará contra e pedindo aos colegas que façam o mesmo. Ele apresentou um projeto de lei na semana passada que propunha o uso de fundos destinados, mas não utilizados, como para o combate à Covid-19, para adiar a data do provável calote, permitindo que as negociações continuem.

A maioria conservadora na Câmara já havia aprovado um projeto de lei no final de abril para aumentar o teto da dívida em troca de cortes profundos nos gastos públicos. Alguns legisladores conservadores argumentam que negociar não significa ignorar completamente o que já foi aprovado. No entanto, a deputada Lauren Boebert afirmou que a Câmara fez sua parte, mas nem o presidente Joe Biden nem o Senado, controlado pelos democratas, fizeram a deles. Ela ressaltou que se todos os republicanos votassem de acordo com suas promessas de campanha, votariam contra o acordo proposto.

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