Trump pede a Israel para não Atacar Irã e revela lroximidade de acordo nuclear

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um apelo público nesta quinta-feira (12) a seu aliado, Israel, para que não ataque as instalações nucleares do Irã. Trump afirmou que está próximo de um acordo com Teerã, desde que o país demonstre disposição para se comprometer. Ele admitiu que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está considerando uma operação militar que, segundo o presidente americano, poderia deflagrar um “conflito massivo”, levando à decisão de reduzir o pessoal da embaixada dos EUA na região.


“Estamos bastante perto de alcançar um acordo aceitável”, declarou Trump a repórteres. Questionado sobre suas conversas com Netanyahu, o presidente dos Estados Unidos manifestou: “Não quero que ajam porque acredito que isso estragaria tudo.” Embora rapidamente tenha acrescentado: “Poderia ajudar, mas também poderia arruinar tudo.”

O negociador de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, prepara-se para uma sexta rodada de conversas no domingo (15), em Omã, com o Irã. Teerã já afirmou sua intenção de aumentar os níveis de enriquecimento de urânio, um ponto chave de desacordo nas negociações.

Trump se descreveu novamente como um homem de paz, expressando sua preferência por um acordo negociado com o Irã. “Gostaria de evitar o conflito. O Irã terá que ser um pouco mais flexível nas negociações, ou seja, terão que nos dar coisas que atualmente não estão dispostos a ceder”, comentou Trump.

Censura da AIEA e Reação Iraniana

As declarações de Trump foram feitas logo após o Organismo Internacional de Energia Atômica (AIEA) censurar o Irã nesta quinta-feira (12) por descumprir obrigações de não proliferação destinadas a evitar o desenvolvimento de armas nucleares.


“A República Islâmica do Irã não tem outra opção a não ser responder a esta resolução política”, afirmaram o Ministério das Relações Exteriores do Irã e a Organização de Energia Atômica do Irã em um comunicado conjunto. A censura da AIEA, a primeira em 20 anos sobre o descumprimento iraniano, poderia levar à reimposição de sanções ao Irã ainda este ano.

Trump já havia alertado que os Estados Unidos ou Israel poderiam lançar ataques aéreos se as negociações com o Irã não chegassem a um acordo sobre seu programa nuclear, em rápida expansão.

O presidente americano enfatizou sua preferência por uma resolução diplomática, mas expressou sua preocupação com a possibilidade de um “conflito massivo” no Oriente Médio se um acordo não for alcançado. “Não quero dizer que seja iminente, mas parece que poderia acontecer”, respondeu Trump ao ser questionado sobre um possível ataque israelense. “É muito simples, não complicado. O Irã não pode ter uma arma nuclear.”

O Conselho de Governadores da AIEA votou a resolução proposta por França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, com Rússia, China e Burkina Faso em oposição. Dezenove países apoiaram a resolução, enquanto outros 11 se abstiveram. A resolução solicita ao Irã respostas sem demora em uma investigação prolongada sobre urânio em locais não declarados.

Tensão Crescente e Novas Medidas do Irã

Em reação à censura, o Irã anunciou medidas adicionais, incluindo o desdobramento de centrífugas avançadas e o aumento significativo da produção de material enriquecido. O porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã, Behrouz Kamalvandi, indicou que “uma nova instalação de enriquecimento foi preparada e se encontra em um lugar seguro e invulnerável.”

O clima de tensão se intensificou, com ameaças da comunidade internacional de restabelecer sanções se o Irã continuar sem cooperar. A resolução da AIEA sublinha a importância de uma solução diplomática, destacando o papel do Conselho de Segurança da ONU na manutenção da paz e da segurança internacional. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, adotou um tom mais desafiador após a votação, afirmando que o país continuará com seu caminho de enriquecimento nuclear.

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