O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, compareceu a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 13. Na ocasião, diversos parlamentares o interpelaram sobre a política monetária da autarquia e sobre a manutenção da taxa Selic em “níveis elevados”.
Crítico de Campos Neto, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) mencionou a alta na taxa Selic e disse que, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente da autarquia “teve uma política monetária extremamente frouxa”.
“Quando aumenta a taxa de juros, o impacto é nove meses, 12 meses depois”, disse Lindbergh. “O senhor teve uma política monetária extremamente frouxa e levou às alturas, em abril de 2022, a inflação chegou a 12%. Quando é o governo do presidente Lula, o senhor vai para o outro lado com uma taxa de juros que nunca houve, chegando a ter, em março de 2021, 7% de taxa de juros reais.”
Depois de o deputado fazer seu pronunciamento, Campos Neto pôde respondê-lo e a outros parlamentares também, e disse:
“Tenho [mais] cinco meses aqui, e vai sentir falta de mim quando eu for embora”, disse o presidente do BC ao deputado do PT. Segundo ele, a baixa da Selic mencionada sobre o governo Bolsonaro se refere a um período da pandemia de covid-19. “Transformamos uma depressão em uma recessão”, declarou.
“Caíram os juros, mas, naquele momento, estávamos enfrentamos uma situação que poderia afetar a vida das pessoas”, continuou, explicando que o BC, posteriormente, foi o primeiro a subir a taxa. Além disso, Campos Neto destacou que o período da sua presidência no BC foi onde a Selic média teve a taxa mais baixa, entre 2019 e 2024.
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