Recentemente, o jornal Washington Post publicou um artigo criticando a postura do presidente brasileiro, Lula, em relação à política externa. Segundo o artigo, Lula tem seguido seus próprios planos e não tem se alinhado aos interesses do Ocidente, o que tem desapontado muitos americanos que esperavam uma parceria na promoção das normas democráticas na região.


O jornal americano menciona que, no início de seu mandato, Lula se recusou a se juntar ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em condenar a invasão russa na Ucrânia. Além disso, permitiu que navios de guerra iranianos atracassem no Rio de Janeiro e enviou um assessor sênior para se encontrar com o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Essas ações foram vistas como uma demonstração de que Lula tem uma abordagem pragmática e dialoga com países que não são vistos com bons olhos pelo Ocidente.

Diz o Washington Post que a “vitória eleitoral de Lula no ano passado elevou o otimismo de que a nação mais populosa da América Latina poderia ser uma parceira na promoção das normas democráticas no Hemisfério Ocidental e além.” No entanto, sua abordagem em relação à política externa tem mostrado pouco interesse em antagonizar Washington ou o Ocidente, priorizando o pragmatismo e o diálogo, segundo a análise.

O artigo também destaca a recente visita de Lula à China, onde se encontrou com o líder Xi Jinping e mais de 200 líderes empresariais brasileiros foram à China para fechar acordos comerciais. A agenda de Lula incluiu uma visita a uma instalação da Huawei em Xangai, a gigante de telecomunicações que foi alvo de sanções dos EUA.

O Washington Post critica a postura de Lula em relação à invasão russa na Ucrânia, afirmando que o presidente brasileiro se recusou a condenar a ação da Rússia em um fórum internacional liderado pelos Estados Unidos.”Embora o Brasil tenha apoiado uma resolução da ONU em fevereiro que pedia paz e exigia que Moscou retirasse suas tropas da Ucrânia, Lula se recusou a assinar uma declaração da Cúpula pela Democracia do presidente Biden que condenava o ataque da Rússia em seu vizinho. Segundo um assessor sênior, Lula não acreditava que o fórum fosse o lugar apropriado para discutir a guerra.”, continua o artigo.


Em suma, o artigo publicado pelo jornal americano expõe a insatisfação e a decepção americana com as atitudes de Lula em relação à política externa e mostra que os americanos apostaram na vitória de Lula nas eleições como uma possibilidade de estabelecer uma parceria na promoção das normas democráticas na região, mas estão agora se deparando com uma abordagem pragmática e independente por parte do presidente brasileiro

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