A capital, Cabul, está cercada pelo grupo extremista islâmico Talibã. O presidente afegão, acabou de anunciar a sua renúncia e declarou que espera uma transição pacífica.
O Talibã retorna ao poder após uma guerra civil que dura menos de um mês. Os extremistas estavam fora do poder desde 2001, quando os EUA invadiram o país atrás de Osama Bin Laden.
A deputda afegã Farzana Kochai, declarou a BBC que a capital do Afeganistão deixou de ser segura:
“As pessoas já não têm nenhum local para onde ir. Todos os aviões com partida de Cabul devem estar cheios. Falei com alguns amigos que estão a sair de lá, para a Índia ou outros países na região”, disse a responsável, que não escondeu o receio de outras mulheres com a chegada dos taliban a Cabul: “A situação para as mulheres é ainda mais sensível. Tenho amigas noutras regiões, que entretanto foram tomadas pelos taliban, e que me contaram que já não podem ir trabalhar nem para a escola.”
O correspondente internacional do PHVox, Ivan Kleber, noticiou a soltura de cinco mil presos ligados ao Talibã e ao grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS):
O Talibã capturou a prisão de Pol e-Charki, com 5.000 presos, incluindo membros do Talibã e do ISIS, que devem ser soltos a qualquer momento.
Presidente do Afeganistão disse que não fugirá
O ex-ministro do Interior, Ali Ahmad Jalali, assumirá a administração da transição de governo no Afeganistão. O líder talibã, Mullah Abdul Ghani Baradar, será o novo presidente afegão. Ele acaba de chegar de Doha para Cabul.
Talibã avança e deixa Afeganistão em situação de crise
O Partido Comunista Chinês recebeu líderes do Talibã no final de julho deste ano, dias antes do início da guerra civil, e tende a reconhecer o extremistas como um governo legítimo.