Na terça-feira (09/08), o Tribunal de Contas da União (TCU), confirmou a condenação de procuradores da Operação Lava-Jato a reembolsar a União em cerca de R$ 2.8 milhões, referentes a gastos com diárias e passagens. A decisão pode fazer com que o trio de procuradores fique inelegível.
Relator do caso e atual presidente do TCU, o ministro Bruno Dantas, conhecido pelas relações próximas com Lula, pediu a condenação e teve o voto seguido pelos colegas da 2ª Câmara. Bruno é recordista de gastos no Tribunal de Contas da União. Somente nos cinco primeiros meses desse ano, ele gastou cerca de R$ 261 mil em diárias e passagens de viagens.
No colegiado estavam os ministros Antônio Anastasia e Aroldo Cedraz – que teve o filho preso na Operação – que foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) também no âmbito Lava Jato. Já o ministro Augusto Nardes foi citado em delações premiadas.
Foram condenados Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, responsável por autorizar a criação da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba e por autorizar os deslocamentos para investigação em outros Estados, o ex-coordenador Deltan Dallagnol, que requisitou membros de outras localidades para reforçar a equipe, além de João Vicente Beraldo Romão, então procurador-chefe da Procuradoria da República do Paraná.
Um país que condena heróis e descondena um corrupto não pode ser sério. Uma Justiça aparelhada, composta por bandidos da mais alta classe, costumeiros no crime do colarinho branco, vivendo de dinheiro público para subverter a ética e a moral, é um país condenado ao fracasso.
*Com informações da Revista Oeste