Haddad e Massa tratam sobre moeda comum

O documento assinado pelos ministros da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad e da Argentina, Sergio Massa, na última segunda-feira, 23, teve teor cauteloso ao tratar da hipótese de criação de uma unidade comum (moeda comum) para o comércio exterior entre os países do Mercosul.


Ao contrário dos termos “moeda única” ou “comum” utilizados nos últimos dias, o documento cita apenas a intenção de “expandir o uso de moedas locais, com a intensificação das negociações entre os bancos centrais e outros órgãos responsáveis”.

Diz o texto, que o plano seria aperfeiçoar uma plataforma já existente que permite o comércio entre os dois países com pagamento em moeda local – sem o uso de dólares.

O texto também menciona o plano dos países de aumentar o financiamento do comércio exterior.

O que o documento não cita é que a Argentina tem, atualmente, graves restrições cambiais. Com uma série de medidas para restringir a compra de dólares entre os argentinos, com dificuldade, inclusive, para pagamento de importações.


Para tentar contornar essa dificuldade, os ministros confirmam que os países “comprometem-se a implementar linhas de financiamento de importações operadas por entidades bancárias e garantidas pelos governos de ambos os países, com prazos, volume e contragarantias acordados caso a caso, segundo critérios de risco”.

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