O senador Marcos do Val afirmou em entrevista, que logo após as eleições de 2022, teria ocorrido uma reunião em que o então deputado Daniel Silveira propôs gravar Alexandre de Moraes.
O diálogo entre ele e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral seria gravado sem autorização. A ideia seria que a conversa gravada comprometesse o ministro. Além disso, a proposta envolveria a manutenção dos acampamentos montados em frente aos Quartéis em todo o Brasil.
“Eles me disseram: ‘Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma equipe para dar suporte, e você vai ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você conduz a conversa para dizer que ele está ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso'”- relatou o senador.
Marcos do Val diz que pediu para analisar a proposta e responder em um segundo momento. Porém, na realidade, segundo a revista Veja, isso foi só um pretexto para ganhar tempo.
O senador teria enviado uma mensagem para o ministro às 20h56, do dia 12 de dezembro. Nela ele pede para ter uma conversa pessoalmente “Dia emblemático” escreveu.
Comportando-se com um x9 disse o senador que “precisava falar como foi o encontro com o PR (Bolsonaro) e o DS (Daniel Silveira)”, e continuou dizendo que os dois haviam lhe convidado para participar do que definiu como “uma ação esdrúxula, imoral e até criminal”.
O encontro foi marcado para dois dias na sequência. Marcos do Val estaria preocupado em se envolver em algo que pudesse prejudicá-lo, assim se apressou a realizar uma espécie de delação adiantada.
Segundo o senador, após o relato do caso, o ministro Alexandre de Moraes ficou surpreso e considerou a proposta “um absurdo”.
A trama mais parece uma releitura da história do Brasil, onde em Minas Gerais, Silveiro dos Reis delatou o que fico conhecido como a Inconfidência Mineira, levando o famoso Tiradentes, o libertador em então, à forca por traição. ” libertas quae sera tamen”?