Nesta terça-feira (09/05), a Folha de S. Paulo foi alvo de críticas após um texto sobre Rita Lee. O jornal citou drogas e rebeldia na publicação intitulada Rita Lee, rebelde desde a infância, se deixou guiar por drogas e discos voadores. O conteúdo foi produzido em função da morte da cantora.
Lembrando que a cantora tinha sido diagnosticada com câncer de pulmão no ano de 2021 e, desde então, fazia tratamentos contra a doença. A informação sobre o óbito foi divulgada pela família no início da manhã de hoje, por meio das redes sociais da artista.
De acordo com a Folha, a cantora “tinha carinha de anjo, mas cultivou a atitude rock’n’roll desde bem pequena”.
Nas festas de aniversário, estourava bexigas no ouvido dos adultos e roubava presentes que depois destruía. Na saída das missas, fingia ter deficiência física e pedia esmolas. (…) Entre o catolicismo e a ufologia, Rita escolheu o segundo.
Reportou
O texto ainda lembrou um momento triste da infância de Rita, quando ela foi vítima de estupro. O caso foi revelado pela cantora em sua autobiografia.
Aos seis anos, Rita foi estuprada por um técnico que foi à sua casa consertar uma máquina de costura. A mãe teve de atender ao telefone e, quando voltou, encontrou Rita sangrando com uma chave de fenda na vagina. As mulheres decidiram não contar a Charles [pai de Rita], com medo de que ele matasse o homem e terminasse preso. A partir daí, conforme a cantora narrou sem autopiedade, passaram a tratá-la “como uma espécie de aleijadinha psicológica”. Das travessuras na infância às drogas na vida adulta, tudo era relevado por elas, acreditava Rita, por ser consequência “daquilo, tadinha”. Rita se meteu em muita confusão, a começar pelas do Liceu Pasteur, tradicional colégio francês da Vila Mariana no qual estudou. Seu histórico incluía fazer xixi nos sapatos deixados pelas alunas no vestiário durante as aulas de ginástica e uma tentativa de atear fogo ao teatro.
reportou.
Além do jornal relatar o início de Rita na música, experiências com drogas e o antigo relacionamento da artista com Arnaldo Baptista, a publicação da Folha apontou também que a cantora “não tinha paciência com os jovens de esquerda que vaiavam nos festivais qualquer apresentação que não fosse de música de protesto”.
Das tantas confusões que protagonizou envolvendo drogas, algumas são até, digamos, folclóricas. Dentre elas está a do dia em que foi reclamar com André Midani, presidente da gravadora Philips, com quem tinha um affair, da decisão de não gravar um disco produzido sob o efeito de ácido. (…) A vida seria repleta de loucuras assim, até que, em 2005, o nascimento da primeira neta fosse o estímulo para que ela deixasse as drogas. Perto dos 60, a cantora se mostrava disposta a desdizer o que uma tia vaticinara na sua infância, quando ela bebeu até cair no alambique da fazenda da família: “O defeito de Ritinha é não saber parar”.
concluiu o jornal.