O STF e a PGR devem responder nesta semana, após o feriado de finados, se vão investigar o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre, por suposta prática de rachadinha.
Como foi relatado aqui no Vista Pátria, esse caso veio à tona em reportagem da revista Veja. Seis funcionárias teriam sido contratadas no gabinete de Alcolumbre, entre 2016 e 2021, com salários de até R$ 14 mil, sob a condição de que ficassem com apenas uma parte do valor.
A CNN Brasil também averiguou e descobriu, por meio do extrato de pagamento que consta no site do Senado Federal, que todas as funcionárias receberam salários em cargos comissionados. Não foi possível comprovar por meio de documentos ou testemunhas que elas tenham devolvido parte dos valores ao gabinete.
Logo em seguida da divulgação da reportagem da revista Veja, o senador Alessandro Vieira apresentou notícia crime ao STF para que as acusações sejam investigadas. O relator ainda não foi escolhido, o que vai definir os próximos passos do pedido.
Entretanto, o ministro-relator Dias Toffoli entendeu que não é dever funcional do STF intermediar pedido de investigação à PGR e, dessa forma, o caminho seria a procuradoria agir ou ser comunicada diretamente.
Na PGR, até aqui, a avaliação, de acordo com fontes ouvidas pela CNN, é de que se o STF não arquivar a investigação, os procuradores vão analisar se há elementos, além das notícias para irem além, o que chamam de trabalhar com os acontecimentos.
O Vista Pátria apresentou uma das declarações feitas de uma das ex assessoras a revista Veja, Erica alegou que seu salário era de 14 mil reais mas só recebia 900 reais.
Meu salário era acima dos R$ 14 mil, mas eu só recebia R$ 900. Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje, tenho vergonha disso.
Erica Almeida Castro
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