Assessoras denunciam rachadinha de R$ 2 milhões de Alcolumbre

O senador Davi Alcolumbre, foi denunciado em uma entrevistas à revista Veja, de promover rachadinha em seu gabinete, em um esquema que teria desviado ao menos R$ 2 milhões. Essa denúncia foi feita por 6 assessoras.


Alcolumbre é ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Algumas pessoas de confiança do parlamentar recolhiam parte do salário de seis assessoras, que ganhavam na época entre R$ 4 mil e R$ 14 mil reais. As funcionárias também entregavam ao senador benefícios e verbas rescisórias as quais elas teriam direito, de acordo com a revista.

Esse esquema funcionou entre janeiro de 2016 até março deste ano. No período, Alcolumbre foi presidente do Senado de fevereiro de 2019 a dezembro do ano passado. Atualmente, ele está à frente da CCJ da Casa, uma das mais importantes.

Segundo a revista, para repassar a maior parte de seus salários ao senador, as assessoras tiveram que abrir uma conta no banco e entregaram o cartão com a senha para pessoas de confiança de Alcolumbre.


Em troca, elas recebiam uma pequena gratificação, que, em alguns casos, não correspondia a 10% do salário.

As assessoras aceitaram fazer parte do esquema, as seis mulheres — Marina Ramos Brito dos Santos, Lilian Alves Pereira Braga, Erica Almeida Castro, Larissa Alves Braga, Jessyca Priscylla de Vasconcelos Pires e Adriana Souza de Almeida — afirmam que passavam por dificuldades financeiras e estavam desempregadas.

O senador me disse assim: ‘Eu te ajudo e você me ajuda’. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada pelo Senado.

Marina Ramos Brito dos Santos

Os saques eram feitos em um caixa eletrônico há 200 metros do gabinete de Alcolumbre.

Atualmente nenhuma das assessoras trabalham com o senador. Marina e outras duas ex-assessores, as irmãs Larissa e Lilian, entraram com um processo na Justiça contra Alcolumbre após serem exoneradas sem aviso prévio enquanto estavam grávidas.

Alcolumbre não se manifestou oficialmente. À revista o senador disse que se concentra nas atividades legislativas e que questões administrativas ficavam a cargo de seu então chefe de gabinete, Paulo Bouden, que foi exonerado em 2020.

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