Nesta terça-feira (26), a Polícia Civil de Araguari (MG) iniciou os depoimentos nas investigações que buscam esclarecer as circunstâncias da morte de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos. Antes do trágico desfecho, o nome de Jéssica foi envolvido em fake news divulgadas por páginas de fofocas, como a “Choquei”.
O delegado Felipe Oliveira, responsável pelo inquérito, informou que a mãe de Jéssica, Inês Oliveira, foi a primeira testemunha ouvida no processo. A Polícia Civil avaliará se outras pessoas deverão prestar depoimento posteriormente.
Prints falsos simulando uma conversa dela com o humorista Whindersson Nunes foram disseminados por perfis de fofoca em redes sociais, resultando em ataques virtuais contra a jovem. Jéssica chegou a publicar uma mensagem no Instagram pedindo a exclusão dos posts, e Whindersson também desmentiu as mensagens, apontando que eram falsas.
Na última semana, a página de fofoca “Choquei” publicou prints de uma suposta conversa entre Jéssica e Whindersson, que negaram a existência das mensagens. A jovem, por meio das redes sociais, pediu o fim das agressões virtuais e questionou a motivação por trás dos ataques. Após a morte de Jéssica, Whindersson expressou solidariedade à família em um vídeo nas redes sociais, destacando a dor que a situação causou.
“Eu sinto demais a senhora ter que passar por uma coisa que eu passei por poucas horas com meu filho. Sei que não consigo nem mensurar o tamanho disso, mas se eu puder fazer alguma coisa, de alguma forma.”, disse o influenciador.
A família confirmou o suicídio da estudante na última sexta-feira (22).
Usuários das redes sociais estão pedindo boicote e a remoção da página. O perfil suspendeu as publicações após a repercussão da história, sendo a última postagem compartilhada na sexta-feira (22). A página fazia mais de uma publicação diária antes do ocorrido.
A página Choquei alega que não cometeu nenhuma irregularidade. “Todas as publicações foram feitas com base em dados disponíveis no momento e em estrito cumprimento das atividades habituais decorrentes do exercício do direito à informação”, afirma a página.
Polícia ouve a mãe de Jéssica, jovem que morreu após fake news que envolveram Whindersson
