Um homem morreu após o hospital pedir autorização à família errada e desligar os aparelhos que o mantinham vivo. O caso aconteceu no PeaceHealth Southwest Medical Center, em Vancouver, Washington, Estados Unidos.
David Wells estava inconsciente e sem respirar quando foi levado às pressas em uma ambulância para o hospital após engasgar com um pedaço de bife, em agosto de 2021. Porém, ele foi erroneamente identificado como seu colega de quarto no hospital, Mike Beehler, de acordo com um processo obtido pelo McClatchy News. A ação judicial corre na Justiça americana.
A equipe do hospital deveria entrar em contato com a família de Wells para tomar a difícil decisão de retirá-lo do suporte vital. Em vez disso, o hospital ligou para a irmã de Beehler, Debbie Danielson, dizendo erroneamente que era ele quem estava em estado grave.
– Eles disseram: “Ele está basicamente com morte cerebral. Você quer que o mantenhamos em suporte de vida ou quer desligar o aparelho?” – explicou Debbie ao canal KGW.
Dias após a decisão, o irmão de Debbie ligou para ela.
– Eu disse: Você não pode estar vivo. Você está morto – falou a irmã de Mike.
Foi então que ela percebeu que, sem querer, colocou fim à vida de outro paciente.
O hospital relatou a morte ao escritório do médico legista do condado, e um aviso de óbito proclamando que Beehler havia morrido em 9 de agosto foi publicado no jornal local, conforme o processo.
Enquanto isso, o corpo de Wells foi enviado para uma funerária, que contatou os parentes de Beehler sobre os preparativos finais.
Beehler e Danielson chamaram a polícia para relatar a confusão. O Gabinete do Examinador Médico do Condado de Clark confirmou mais tarde que foi Wells, e não Beehler, quem morreu, e ligou para seu filho para dar a notícia.
Um novo aviso de falecimento foi publicado no jornal em homenagem ao homem que teve os aparelhos desligados: “David C. Wells, de 69 anos, Vancouver, morreu em 9 de agosto de 2021”.
Shawn Wells, filho de David; Mike Beehler e Debbie Danielson estão processando o hospital por negligência e causando grave sofrimento emocional “como resultado direto da conduta extrema e ultrajante (da PeaceHealth)”. As ações buscam indenização por danos não especificados. As informações são do NY Post.