O papa Francisco passou uma “noite tranquila” no Hospital Gemelli, em Roma, onde está internado desde 14 de fevereiro devido a uma bronquite que evoluiu para pneumonia, informou o Vaticano nesta sexta-feira (7).
Na noite anterior, o pontífice enviou uma mensagem de áudio, a primeira desde sua hospitalização, agradecendo as orações dos fiéis.
“Agradeço de todo coração as orações que fazem por minha saúde desde a Praça, os acompanho daqui. Que Deus os abençoe e que a Virgem os proteja. Obrigado”, disse Francisco na gravação, transmitida no início do Rosário noturno na Praça de São Pedro. A iniciativa, iniciada em 24 de fevereiro, tem como objetivo pedir pela recuperação do papa.
O Vaticano informou que o estado de saúde do pontífice permanece “estável”, sem novas crises respiratórias. Como sinal de progresso, os médicos decidiram não divulgar outro boletim até sábado, uma vez que o quadro clínico não sofreu mudanças significativas.
Desde sua internação, Francisco não fez aparições públicas e nenhuma imagem sua foi divulgada. No último domingo, ele enviou uma mensagem escrita para o Angelus, novamente expressando gratidão pelas orações dos fiéis.
No início da semana, o papa enfrentou dois episódios de insuficiência respiratória aguda, o que exigiu o uso de ventilação mecânica não invasiva. Atualmente, ele recebe ventilação apenas à noite e, durante o dia, conta com suporte de oxigênio por uma pequena cânula nasal.
Os últimos relatórios médicos têm sido mais otimistas, mas o prognóstico ainda é considerado reservado. O papa alterna seu tempo entre repouso, orações e algumas atividades de trabalho, além de sessões de fisioterapia respiratória e motora.
Preocupações sobre seu estado de saúde e a Semana Santa
A condição de Francisco levanta dúvidas sobre sua participação nos eventos da Páscoa, a principal celebração do calendário católico. Na quarta-feira, ele não pôde comparecer à missa de Cinzas, que marca o início da Quaresma.
Apesar das dificuldades de saúde, o pontífice já afirmou diversas vezes que não pretende renunciar, diferentemente de seu antecessor, Bento XVI, que deixou o cargo em 2013.
Nos últimos anos, Francisco passou por problemas de saúde significativos, incluindo pleurisia na juventude, que resultou na remoção de parte de um pulmão. Além disso, enfrenta dificuldades para caminhar e já foi submetido a cirurgias no cólon e no abdômen.