Dois aliados de Petro deixam governo colombiano após escândalo de escutas ilegais

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, agora tem dois aliados a menos no governo. Deixaram seus cargos a chefe do gabinete presidencial, Laura Sarabia, e o embaixador do país em Caracas, Armando Benedetti. Eles são alvos de um escândalo de escutas telefônicas ilegais, conspiração e chantagem.


Segundo o Ministério Público da Colômbia, duas maletas com US$ 7 mil (R$ 34 mil) foram roubadas da casa de Laura. Em consequência disso, autoridades do país interrogaram Marelbys Meza, a babá que cuidava dos filhos de Laura. Nada encontraram. No entanto, o Ministério Público descobriu que Laura teria forjado um relatório policial falso, que ligava a babá ao crime organizado.

Já Benedetti é um político que apoiou Petro na campanha e servia como embaixador na Venezuela. Meza foi babá dos filhos de Benedetti até junho de 2022, quando foi demitida sob suspeita de roubo. Depois disso, Laura contratou a mesma empregada em agosto de 2022, sem ter conhecimento das suas acusações.

Além das escutas ilegais, os ex-funcionários do governo se acusam de chantagem, trapaça e conspiração. “Enquanto a investigação está sendo realizada, minha querida e estimada funcionária e o embaixador venezuelano estão se retirando do governo”, anunciou Petro, na sexta-feira 2. “Eles saem para que, pelo poder que essas acusações implicam, ninguém possa ter a desconfiança de que os processos de investigação serão alterados.”

O presidente disse em seu discurso que o “governo respeita os direitos humanos e não intercepta ilegalmente os telefones”.


Com esses escândalos e uma série de decisões controversas, a popularidade de Petro passou de 50%, em novembro de 2022, para 34%, em maio deste ano. O levantamento é do instituto de pesquisa Invamer.

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