Eduardo Bolsonaro alerta sobre mais sanções dos EUA contra Brasil

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou à agência Reuters que espera a aplicação de novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e sanções adicionais a autoridades do país, incluindo Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.


Em entrevista em Washington, após reuniões com autoridades norte-americanas, Eduardo disse que não vê como o Brasil negociar a redução da tarifa de 50% imposta pelo governo Donald Trump a produtos como carne bovina, café, peixe e calçados sem que haja “concessões” do Supremo. Ele classificou as tarifas como um “remédio amargo” para conter o que descreveu como ofensiva legal contra seu pai.

“Os ministros da Suprema Corte precisam entender que perderam poder”, declarou o deputado. Segundo Eduardo, as restrições devem atingir em breve o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e possivelmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), devido ao papel que desempenharam no programa Mais Médicos.

O governo norte-americano anunciou na quarta-feira (13) a revogação de vistos de funcionários do governo brasileiro envolvidos no programa, que trouxe médicos cubanos ao Brasil. Eduardo afirmou que defende sanções contra Moraes e sua família, considerando tarifas como “último recurso”. “Não há cenário em que a Suprema Corte saia vitoriosa de todo esse imbróglio. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo”, disse o congressista.

Ele acrescentou que, embora sanções imediatas contra outros ministros do STF pareçam improváveis, novas tarifas contra o Brasil são possíveis. O deputado destacou que o agronegócio brasileiro, base de apoio de Bolsonaro, vê eventuais perdas econômicas como um custo aceitável para “resgatar a normalidade institucional”.


Eduardo, que se mudou para os EUA em março para buscar apoio de Trump, não descartou pedir asilo ou cidadania americana. Sobre a eleição presidencial de 2026, afirmou que seu pai é o candidato natural da direita, mas aceitaria disputar se fosse uma “missão” determinada por Jair Bolsonaro, atualmente inelegível após condenação no TSE.

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